20 de fev. de 2014

Conhece-te a Ti Mesmo

Você já deve ter ouvido muito esse termo "Conhece-te a Ti Mesmo"; ou seja autoconhecimento. Esse texto é continuação da apresentação feita na guia inicial desse blog, com o título = autoconhecimento; se você não leu ainda, poderá fazê-lo depois de ler esse post, bastando selecionar já (Leia aqui)

Entre as diversas fontes de estudo que encontramos sobre o assunto, aquela que considero a mais elucidativa está descrita no "Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, escrito em 1857. Nesse livro, Kardec formula perguntas aos Espíritos Superiores, através de médiuns designados para esse trabalho. Dessa forma se estabelece o primeiro livro da série que compõe a chamada Doutrina Espírita.

Vejamos o conteúdo apresentado pelo Espírito Santo Agostinho, a respeito do tema.

Questão 919.a  - de O Livro dos Espíritos

     Compreendemos toda a sabedoria dessa máxima, mas a dificuldade está precisamente em se reconhecer a si próprio. Qual o meio de se chegar a isso?
  - Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: no fim de cada dia, interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim necessitava de reforma. Aquele que, todas as noites, lembrasse todas as sua ações do dia e se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecessem, adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar porque, acreditai-me, Deus o assistirá. Formulai, portanto, as vossas perguntas, indagai o que fizestes e com que fito agistes em determinada circunstância, se fizestes alguma coisa que censuraríeis nos outros, se praticastes uma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda isto: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, ao entrar no mundo dos espíritos, onde nada é oculto, teria eu de temer o olhar de alguém? Examinai o que pudésseis ter feito contra Deus, depois contra o próximo e, por fim, contra vós mesmos. As respostas serão motivo de repouso para vossa consci~encia ou indicarão um mal que deve ser curado.
     O conhecimento de si mesmo é, pois, a chave do melhoramento individual. Mas, direis, como julgar-se a si mesmo? Não se terá a ilusão do amor-próprio, que atenua as faltas e as torna desculpáveis? O avaro se julga simplesmente econômico e previdente, o orgulhoso se considera tão-somente cheio de dignidade. Tudo isso é muito certo, mas tendes um meio de controle que não vos pode enganar. Quando estais indecisos quanto ao valor de uma de vossas ações, perguntai como a qualificaríeis, se tivesse sido praticada por outra pessoa. Se a censurardes em outros, ela não poderia ser mais legítima para vós, porque Deus não usa de duas medidas para a justiça. Procurai também saber o que pensam os outros e não negligencieis a opinião dos vossos inimigos, porque eles não têm nenhum interesse em disfarçar a verdade, e geralmente Deus os colocou ao vosso lado como um espelho, para vos advertir, com mais franqueza do que faria um amigo. Que aquele que tem verdadeira vontade de se melhorar explore, portanto, a sua consciência, a fim de arrancar dali as más tendências, como arranca as ervas daninhas do seu jardim; que faça o balanço da sua jornada moral, como o negociante o faz dos seus lucros e perdas, e eu vos asseguro que o primeiro será mais proveitoso que o outro. Se ele puder dizer que a sua jornada foi boa, poderá dormir em paz e esperar sem temos o despertar na outra vida.
     Formulai, portanto, perguntas claras e precisas, e não temais multiplicá-las: pode-se muito bem consagrar alguns minutos à conquista da felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias para ajuntar o que vos dê repouso na velhice? Esse repouso não é o objeto de todos os vossos desejos, o alvo que vos permite sofrer as fadigas e as privações passageiras? Pois bem: o que é esse repouso de alguns dias, perturbado pelas enfermidades do corpo, ao lado daquilo que aguarda o homem de bem? Isto não vale a pena de alguns esforços? Sei que muitos dizem que o presente é positivo e o futuro incerto. Ora, aí está, precisamente, o pensamento que fomos encarregados de destruir em vossas mentes, pois desejamos fazer-vos compreender esse futuro, de maneira a que nenhuma duvida possa restar em vossa alma. Foi por isso que chamamos primeiro a vossa atenção para os fenômenos da Natureza que vos tocam os sentidos e depois vos demos instruções que cada um de vós tem o dever de difundir.Foi com esse propósito que ditamos O Livro dos Espíritos.
Santo Agostinho, em "O Livro dos Espíritos"  (colaborou na equipe de espíritos designada pela Espiritualidade para formular essa doutrina que tem esse livro como o primeiro da série de obras básicas de Allan Kardec)

Nesse blog coloquei separações para os assuntos AUTOCONHECIMENTO e REFORMA ÍNTIMA, porém, muitos textos referem-se aos dois, pelo fato da ligação que há entre eles.

O importante é que possamos entender que ambos andam juntos e que precisamos dos dois, se quisermos realmente efetivar um crescimento interior em busca da evolução à caminho da luz. (Leia aqui)
      
Se você gosta desse assunto, vá à margem lateral e encontrará vários textos para seu aprendizado.

     
Transformando nossas vidas

Ieda Perez 
Psicoterapeuta Reencarnacionista

          Em busca da Luz




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